Projeto para acessibilidade a deficientes visuais é debatido na Câmara de Pirassununga
quarta-feira, 24 de julho de 2013Na noite de segunda-feira (22), a Câmara Municipal de Pirassununga promoveu uma audiência pública a fim de promover a apresentação do Projeto Acessibilidade para Deficientes Visuais. Diversos depoimentos foram feitos sobre o programa que já está sendo desenvolvido com alunos da rede pública municipal. O objetivo é implantar esse projeto em outros pontos do município como a EMAIC da Zona Norte e Biblioteca Municipal.
A ideia partiu toda do senhor Aparecido Fernandes Dias, de 57 anos e deficiente visual em virtude de uma diabetes.
“Devido ao acontecido eu fiquei fora da sociedade. Mas isso por pouco tempo. Como eu faço tratamento na Unicamp, descobri que lá tinha um setor que cuidava de pessoas com deficiência como a minha. Buscando isso, senti que poderia trazer isso para minha cidade. Procurei pessoas influentes e expus toda a situação tentando trazer isso para cá, mas não encontrava apoio. Há 10 anos que eu corro atrás disso. Quando a prefeita Cristina foi eleita fui procurar para saber se tinha algum projeto para deficiente visual e qual não foi nosso espanto quando não muito tempo depois estava sendo convidado para falar mais sobre isso. Hoje vejo com muita satisfação e alegria que as coisas estão acontecendo muito rápido”, disse.
A supervisora de Multimídia, professora Márcia Valéria Vieira explicou sobre os objetivos e metas do programa e de como será desenvolvido com os alunos. Está sendo estudada a inclusão de outras matérias como geografia e ciências.
“Algumas aulas já foram feitas de português e matemática que nós adaptamos aos deficientes de baixa visão ou total. É um trabalho pioneiro que a Multimídia está fazendo no município. Para nós está sendo um grande desafio e aprendizado. Nosso objetivo é integrar o deficiente visual ao universo da tecnologia proporcionando ao educador um suporte em seu plano de aula através do teclado braile e do fone de ouvido. A professora de educação especial mostra ao aluno como ele é capaz de desenvolver interpretação de texto, resolução de exercícios de português e matemática. Acredito que o resultado está sendo muito bom”, afirmou.
Uma aluna da EMEIEF Catarina Sinoti já utiliza do software. As instituições envolvidas são a Divisão de Tecnologia, a empresa Multimídia Educacional, a escola Catarina Sinoti com apoio das bibliotecárias e Secretaria de Cultura.
A secretária de educação, Yara Aparecida Bernardi, explicou sobre a importância do projeto e da compra dos aparelhos.
“Muito se fala em inclusão e a casos de necessidades especiais, porém temos que deixar a filosofia, a teoria e colocar a prática. Nós conseguimos comprar os equipamentos em braile e já estamos utilizando com uma aluna e vamos utilizar desse equipamento na EMAIC e na Biblioteca. Acredito que faremos um trabalho não só de ordem social, mas educacional. Sabemos que existe resistência de alguns familiares e queremos aqui divulgar melhor e que todos possam ser incluídos e participar do projeto”, finalizou.
Fonte: Rádio Difusora Pirassununga
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