A Polícia Civil de Pirassununga, representada pelos delegados dr. Francisco Paulo de Oliveira Lima, Tatiane Cristina Parizotto e Maurício Miranda de Queiroz e investigadores Domingos, Arlei, Coradini, Thiago, Adriano e Aragão desde as primeiras horas de quarta-feira (14) deram cumprimento a mandados de busca e de prisão, deferidos pela juíza da 2ª Vara do Fórum Local, em decorrência de inquérito policial tramitado pelo Setor de Investigações Gerais – SIG desde o ano de 2009.

O inquérito apurava falsificação de receituários médicos, carimbos e objetos relacionados envolvendo algumas pessoas moradoras de Pirassununga culminando na decretação de suas prisões preventivas, enquadradas na associação e tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Civil, a operação correu no mais absoluto sigilo e teve basicamente um resultado de 100 %.

A operação foi planejada de forma a ser efetuada simultaneamente em quatro residências da cidade. Em uma delas, um casal (ele com 42 anos e ela com 47 anos) com decretação de prisão preventiva, foram conduzidos e encarcerados à disposição da Justiça.

Em outra residência, outra mulher (42 anos) também com prisão preventiva decretada, não se encontrava na casa, mas em seus pertences mais dois receituários em branco, foram encontrados e apreendidos.

Na residência dos pais dos acusados foi encontrado mais outro indivíduo (47 anos) com prisão preventiva decretada, que foi preso e conduzido a carceragem da cadeia local.

Na última residência, foi presa uma mulher (40 anos), também com prisão preventiva decretada, conduzida ao plantão e recambiada para a cadeia feminina de Leme.

Das buscas, foram apreendidos computadores, note books, anotações, remédios controlados e receituários médicos em branco, para prosseguimento das investigações.

O delegado seccional, dr. José Henrique Ventura participou ao vivo do programa Mesa Redonda desta quarta-feira (14) e contou detalhes sobre o assunto.

Investigações

“Nós fizemos todo um trabalho e montamos todo um inquérito policial volumoso a respeito de abortos clandestinos e receitas médicas que eram subtraídas de dentro da Santa Casa com carimbos de médicos que eram feitos. Carimbavam-se essas receitas e esse pessoal envolvido e que está sendo preso falsificavam, colocavam nome e as vendiam para que viciados comprassem substâncias em farmácias”.

Abortos clandestinos

“Isso a praticamente há quatro anos, quando eu ainda estava em Pirassununga. Nós recebemos uma denúncia de que abortos estavam sendo feitos clandestinamente na cidade vitimando pessoas, inclusive com uma menina falecendo. Ela acabou contraindo uma infecção e surgiu por parte da família essa denúncia de que ela teria sido vítima de um aborto”, afirmou.

“Foi comprovada a participação de diversas pessoas envolvidas em abortos clandestinos. Os abortos que eram feitos em uma casa com uma enfermeira prática que auxiliava. Eles usavam um comprimido abortivo”.

Tráfico de entorpecentes

“O tráfico de entorpecentes era feito através de receitas médicas subtraídas. Eram utilizados nomes de médicos, que foram todos ouvidos. Foi colhido material gráfico de todo mundo e feitas buscas. Tudo culminou agora com a Justiça decretando a prisão de cinco pessoas, sendo dois homens e três mulheres. Quatro já estão presos e uma mulher não foi localizada”.

Importância

“É um caso muito importante porque naquela época, muitas mulheres, principalmente adolescentes correram risco de morrer de infecção por conta desse ato criminoso. Parabenizo toda a equipe da Polícia Civil de Pirassununga pelo trabalho”.

Fonte: Rádio Difusora Pirassununga