Celulares, smartphones, tablets e notebooks são equipamentos que mudaram o jeito de se comunicar, mas eles só existem porque, no passado, alguns aparelhos precursores ajudaram no desenvolvimento da tecnologia. Um morador de Pirassununga (SP) resolveu preservar a história e montou um museu dentro de casa.

O colecionador Armando Bonini, de 77 anos, criou o antiquário Túnel do Tempo, que tem mais de quatro mil peças de várias épocas, entre elas muitas raridades. Filmadoras e máquinas fotográficas têm um destaque especial no acervo, são mais de 100 modelos.

Telefones antigos e aparelhos de som da década de 40 também fazem parte da coleção. “O objetivo do meu museu é contar histórias. Em cada rádio eu costumo colocar uma historinha a respeito dele”, diz Bonini, que é ex-locutor e separa uma estante só para os aparelhos de rádio.

As peças consideradas revolucionárias para a época ocupam a maior parte do antiquário. Muitos objetos foram comprados em feiras, outros foram doados. O primeiro item do museu foi uma bicicleta, recebida como pagamento de uma dívida há dez anos.

Para o colecionador, admirar cada objeto é como voltar ao passado. “Lembro de certos momentos felizes que eu tive na vida”, conta.

No meio de tantas relíquias, um microfone da década de 40 é considerado especial. “Me faz lembrar a época que eu era locutor, até os anos 60”, declara Bonini.

Evolução
Quem visita o museu percebe como os aparelhos evoluíram nos últimos anos. “A gente tem que dar um jeito de acompanhar a tecnologia, se não ficamos perdidos no tempo”, afirma o aposentado Domingos Bernardes Neto.

O colecionador acredita que o passado seja a base para entender os avanços do presente. “Tudo quanto é moderno também eu gosto, claro. O antigo tem a filosofia, passa a cultura ao ser humano que está nascendo, vivendo crescendo e quer aprender também”, explica Bonini.

Fonte: G1